Fofoqueira Fina


     1º Capítulo de Fofoqueira Fina




      Ver aquela doce menina entrando naquele ninho de cobras me dava pena. Ou não. Monica tinha lindos cabelos castanhos que caíam em cachos até sua cintura, tinha uma pele bronzeada e parecia tímida demais para São Paulo. Apenas eu sabia seus podres segredos. 


     Enquanto descia da Mercedes de seu pai, seus pensamentos pareciam pertencer apenas ao grupo de patricinhas que se sentavam nos bancos em frente a escola. Todas com suas bolsas de grife e jeito esnobe. Apesar de ser parecida externamente com elas, Monica não queria pertencer àquele grupinho.
     Entrando direto na escola, a nova aluna parecia muito deslocada. Tudo ao seu redor era pálido e caro, a transformando numa estranha praiana. Ao tentar alcançar seu celular em sua bolsa, acabou esbarrando em uma loira lindíssima.
     -Ai, me desculpe! - sua voz era fina e adorável. Era o modelo perfeito de garota paulistana.
      Enquanto ela ajudava Monica a se levantar e se apresentava como "Luna", os olhares das duas foram levados para o garoto mais lindo que as duas já viram. Ele caminhava com um charme próprio e que fez as duas suspirarem. Neste momento, um grito feminino e possessivo o chamou:
      -Daniel!
      Tudo estava apenas começando para aqueles três e eu tinha que dar um empurrãozinho. No momento seguinte, em todos os celulares da escola, a mesma mensagem reluzia:
      "Parece que o nosso novo aluno D chamou a atenção de L e M. Todos se aproximem da portaria! Essa história vai dar o que falar... - Fofoqueira Fina"

                                                                                                                               Escrito por StarGirlie.



2° Capítulo Fofoqueira Fina

Oh-ou! As garotas se apaixonaram pelo querido Daniel.
                A portaria da escola estava cheia. Obra minha, claro. Todos estavam lá para ver o que aconteceria a seguir. Um triângulo amoroso estava se formando? Talvez.
                Luna e Monica pareciam perdidas, olhavam ao redor e não escondiam que estavam assustadas.
                Luna, menina paulista com segredos obscuros. O pai morrera quando a garota tinha apenas 13 anos. Dizem que ele se matou. Mas eu e Luna sabemos a verdade.  Emancipada aos 16 anos, estudiosa e com dons que deixariam qualquer um com inveja. Mas quero preveni-los desde o começo: não sintam isso, não sabem o que ela esconde! Perfeita para Daniel.
                Monica, rica e um tanto metida, com segredos também. Morava em Búzios até se mudar para São Paulo. Se acha melhor do que os outros, mas apenas para esconder algo do seu passado. Mãe e pai moram na França, vive com a irmã maior e sabe como dar festas. Perfeita para Daniel.
                Sinto que elas serão inimigas. E sinto mesmo.
                Luna foi a primeira a sair correndo. Garota insegura. Gosto disso.
                Monica foi logo depois. Mas antes lançou um olhar penetrante para Daniel, que observava a cena.
                Ela o ganhara.
              Não deixei quieto, logo todos que assistiam àquele momento escutaram uma mensagem chegar ao celular:
                “Acho que nosso mocinho escolheu M. – Fofoqueira Fina”.
            Essa trama está só começando. Ainda vamos descobrir muitos segredos. Para começar, quem é o misterioso Daniel?

                Fofoqueira Fina

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3º Capítulo de Fofoqueira Fina
          Daniel estava parado olhando Monica partir. Pelo que havia visto, eles eram opostos. Ele era o popular, atlético e que era dificil de ser impressionado. Ela era bonita, inteligente e que conquistava a todos os meninos, mas tinha um jeito tímido que os cativava. Apesar disso, não há aquele ditado "Os opostos se atraem?". Talvez aquele fosse o casal do ano.
          Jane, uma das admiradoras de Daniel, que o conhecia desde pequena, continuava a chamá-lo, mas não adiantava o que ela fizesse. Os olhos dele continuavam presos em Monica. Já que eu tinha uma afeição por Jane, pois ela era a rejeitada da história, resolvi brincar um pouco com o novo casal.
          O celular de Monica começou a piscar com minha nova mensagem, enquanto ela andava em direção a sala de aula:
         "D ainda está te olhando, M! Vai perder a chance de jogar J ainda mais para escanteio? Achei que você era esperta! - Fofoqueira Fina"
        Monica olhou para trás e percebeu que eu tinha razão. Apesar disso, continuou andando, ignorando Daniel. Então ela era difícil de ser conquistada? Isso ia ser engraçado de ver.
        Corada, Luna estava parada em frente ao prédio em que ela, Monica e Daniel teriam aula. O que vocês esperavam? Que eu não tivesse manipulado os horários deles? Eu posso fazer muito mais do que isso, queridos!
        A amada de Daniel, nem se deu ao trabalho de conversar com Luna novamente. Depois de ter lido sobre uma tal J, que ela suspeitava ser a menina que chamara o galã, Monica não estava para brincadeira. Apesar de estar fingindo não estar nem prestando atenção em Daniel, era óbvio que os dois estavam apaixonados.
         Minutos depois, Monica se sentava em um cadeira perto da parede e seu "príncipe" entrava na sala. Luna já estava no canto ao lado de Jane observando os dois. Elas pareciam as meia-irmãs más da Cinderella, a única diferença é que ambas eram bonitas.
         No momento em que o professor entrou na sala, dizendo para todos ficarem sentados, uma cartaz cobriu a lousa com os dizeres:
        "Eu estou vendo vocês... M, D, L, J... E sei de tudo! - Fofoqueira Fina"
        As coisas estam esquentando e cabe a minha piorá-las!

Escrito por StarGirlie.



4° Capítulo Fofoqueira Fina

Haha. A confusão estava cada vez melhor. E eu botando lenha na fogueira. Luna não estava com uma cara muito boa durante a aula de biologia. Mas quem ficaria? Monica e Daniel estavam tendo uma conversa pelos olhares. Confesso que até eu fiquei enciumada.
O professor da aula era Spencer, trinta e três anos, loiro, atlético, com olhos cor de mel que faziam qualquer aluna se derreter. Mandava olhares para Luna toda hora. Ah, ele estava querendo mais uma vítima, eu sabia.
Mas Luna não estava dando bola para ele. Ela só tinha olhos para Daniel. Ri baixinho. Adoro uma boa história, e o triangulo amoroso acabava de me cativar.
-Senhorita Monica Alena, poderia vir aqui no quadro e contar um pouco mais sobre você? – disse o professor, despertando Monica do transe em que estava por causa de Daniel. A garota sacudiu a cabeça em aprovação.
-Oh, - disse, pensativa. – Meu nome é Monica. Morava em Búzios, e me mudei para cá esse ano. Moro no Jardins* e meu pais moram na França. O que mais?
Monica olhou segura para o professor Spencer. Um aluno no fundo da sala levantou a mão e sem esperar, disse:
-O que está fazendo aqui nesta escola pública, gracinha? Vi quando chegou. Você tem uma Mercedes e aposto que essas roupas que está vestindo são de marca. Além disso, seus pais moram na França. Por que está aqui?
O comentário fez todos da sala prestarem atenção em Monica. Os cochichos começaram. Estava bom demais para ser real.
O garoto que perguntara era Erik, o menino mais cobiçado da escola. Seu passado era um segredo até para mim. Ele era sombrio, mas seu charme derretia corações. Falava pouco, o que causou espanto.
Monica não titubeou em responder.
-Honey, estou vendo sua jaqueta daqui. Abercrombie**, nada mal. Seus óculos Ray Ban** e sua calça Zoomp** também não dizem nada.
Todos se calaram, inclusive Erik. Vi cabeças se voltarem para trás, mas eu sabia que era verdade. Erik, de alguma forma, também era rico e estava ali.
Monica foi até seu lugar.
-Er... – disse Spencer – Obrigada Monica. Luna, poderia vir aqui?
O professor tinha um sorriso malicioso. Luna era a escolhida.
-M-meu nome é Luna Harris. – disse Luna, tão insegura quanto Monica era confiante. – Morava no interior de São Paulo, mas me mudei para cá.
Os olhos de Daniel brilharam. Oh-ou, parece que estava começando a se interessar pela gata-borralheira e deixando de lado a princesinha.
-Eu sou voluntária em um centro de animais resgatados. Canto na igreja.
Houveram risinhos. Garota comportada? Ah, era só o que imaginavam.
A garota olhou para Daniel. Ele sorria. Não pude deixar de notar que Luna corou levemente e abaixou o olhar. Foi se sentar, tímida. Não pude deixar quieto.
“Parece que D está começando a mudar de ideia... –Fofoqueira Fina.”
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*Bairro chique de São Paulo
**Marcas famosas.
       

5º Capítulo de Fofoqueira Fina
                As emoções não paravam naquela escola. Ainda bem que Daniel, Monica e Luna chegaram para tumultuar a situação. Nunca havia tido tanto assunto para relatar aos meus seguidores.
                Monica estava saindo da sala no horário do intervalo, quando Daniel a interceptou no meio do caminho. Apesar de ser conhecido como galanteador, hoje suas bochechas estavam vermelhas quando se apresentou:
                -Érrr… Meu nome é Daniel… Daniel Cets – ele tentou pegar a mão de Monica, mas ela rapidamente se afastou. Este era mais um charme dela. Ela era impossível de ser conquistada. Ou parecia ser assim.
                -Oi, Dan. Eu sou Monica, como você deve ter ouvido no inicio da aula… Alguém pode me explicar como não te pediram para se apresentar? – ela tinha um sorriso esperto em seus lábios. Parecia muito experiente na arte da conquista.
                -Ele já estudou aqui – respondeu Jane, ultrapassando o casal, atropelando de propósito, Monica. Mas ao invés de reclamar, a nova aluna apenas ignorou. Muito esperta aquela menina, sabia tudo que devia evitar.
                -Aquela é…? – perguntou Monica.
                -Jane, uma amiga – respondeu Daniel sem emoção aparente. Ele apenas olhava o rosto angelical de Monica com adoração. Ambos pareciam ter esquecido que Luna estava no fundo da sala vendo tudo.
                Apesar de estar adorando o momento, Monica se despediu e saiu da sala. No momento em que se preparava para segui-la, Daniel ouviu a voz de Luna:
                -Você gostaria de passar o recreio comigo? – ela parecia indecisa no que dizia. Seu maior ponto fraco. Indecisão demais.
                Daniel hesitou em sua resposta. Queria seguir desesperadamente Monica, mas não queria magoar a nova aluna que se chamava como é mesmo…? Seu celular vibrou em seguida, com uma mensagem fresquinha vinda de mim:
                “D nem sabe o que responder para L… Está na cara que ele não quer ficar com ela. Só falta agora ela se tocar! – Fofoqueira Fina”
                Como era meu planejado, a mensagem também chegou ao celular de Luna e com lágrimas nos olhos ela saiu da sala. Mas não se enganem. Isso é tudo um truque dela. Como Monica usa o mistério, ela usa a fragilidade.
                Daniel estava passando pela porta da sala, quando Erik o empurrou para dentro do ambiente novamente. Ele parecia irritado. Não conseguia acreditar que aqueles dois um dia já foram grandes amigos.
                -Dan! Você está brincando com fogo, não é mesmo? A Monica? A única impossível? – sabia que este não era o único motivo para Erik estar ali. Ele, na verdade, estava tentando deixar Monica livre para que sua conquista funcionasse.
                -Minhas decisões não importam a você, Erik – a voz dura de Daniel surpreendeu até mesmo a mim.
                Ignorando o antigo amigo, Daniel saiu da sala e foi para o pátio central da escola. Como um golpe de sorte, ele encontrou Monica sentada em um canto sozinha ouvindo as músicas de seu iPhone.
                Se sentando rapidamente ao seu lado, Daniel acabou atraindo a atenção de Monica.
                -Oi… é você. – disse Monica desanimada. Ela queria amigas e não um garoto, que apesar de lindo, só queria continuar com sua fama de “pegador”. Querida, quem disse que ele tem essa fama? Ops, fui eu mesma!
                No instante seguinte, quando Daniel pegou a mão de Monica, o telão da escola acendeu com a imagem dos dois e o aviso embaixo:
                “D e M, é proibido beijos na escola! – Fofoqueira Fina”
Escrito por StarGirlie.



6° Capítulo Fofoqueira Fina

Daniel estava apaixonado por Monica. Ou nem tanto. Só eu e ele sabíamos o que realmente estava querendo. Daniel, Daniel, Daniel...
                Logo depois da aula, Daniel foi até a casa de Luna. Sim, ele sabia onde era. Mas essa é outra história...
                Ao chegar à casa da moça, respirou fundo. Não sabia se deveria tocar a campainha. Mas ao levantar a mão para apertar o botão, ouviu vozes. Para ser mais exata, uma discussão. Decidiu procurar uma janela e tentar entender o que estava acontecendo.
                Rodou a casa e achou uma perfeita. De lá ele podia ver sobre o que era a briga.
                -Queria que eu fizesse o que? – disse Luna
                -Acha mesmo que eles não vão perceber? – falou a voz masculina.
                -Para ser sincera, acho.
                Na hora, Daniel não entendeu direito. Mas depois começou a ligar os pontos. Ele observou o menino que falava. Ele o conhecia de algum lugar...
                Erik!
                Mas mesmo assim, não entendeu o motivo da briga. Por que gritavam? O que todos perceberiam? Ah, eu sabia muito bem do que estavam falando... e eles tinha razão em tentar esconder. Ri baixinho.
                Os dois pararam de discutir por um momento. Daniel não viu direito porque, mas logo depois, seus olhos foram direto para os de Luna. Ela o vira.
                Correndo, o menino saiu da propriedade. Foi direto para casa.
                Erik olhou para Luna e disse:
                -Acha que ele escutou tudo? Ele já desconfiava?
                -Não, Erik. Acho que ele apenas estava no lugar errado, na hora errada. Mas não tenho certeza. Ninguém pode saber. Ninguém, ouviu bem?
                -Luna, eu quero esconder isso tanto quanto você. Ninguém pode saber que...
                -Shhh! Devemos tomar muito cuidado. As paredes têm ouvidos.
                Nisso Luna tinha razão. As paredes, e eu também. Mas não podia entregar o jogo agora. Contanto, queria me divertir um pouco com a situação.
                Luna levou um susto quando seu celular fez o barulhinho de “mensagem recebida”. Ela o leu em voz alta:
                -“L e E estão escondendo algo... Acho melhor perguntar a D o que sabe. – Fofoqueira Fina”.
                Erik ficou branco e Luna soluçou. Devo confessar que achei tudo muito engraçado.
                Os dois se abraçaram, e Erik saiu discretamente. Ninguém desconfiaria de nada. A não ser eu, claro.

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7º Capítulo de Fofoqueira Fina
Monica com seu amigo
                Quem ela ama? Esta era a pergunta que povoava a mente de Daniel. Depois de passar pela casa de Luna, ele acabou decidindo ir até a de Monica. Ao chegar lá, porém, encontrou-a partindo em um carro acompanhada.         
                Daniel ficou tão feliz ao saber que o menino não era Erik, mas ainda havia a questão: quem ele era? Monica podia estar apaixonada por outro? Ele parecia tão bobinho fazendo aquelas perguntas. Só havia se esquecido de um pequeno detalhe; Luna.
                A garota podia ser linda, mas bastava falar em Monica, que ele a esquecia. Daniel e Monica pareciam tão fofos juntos, mas por algum motivo, aqueles dois não conseguiam se acertar. Depois daquele vídeo feito por mim, a “princesinha” saíra correndo e não falou mais com ele. Pelo visto, ela gostava de manter as aparências.
                Agora, vendo aquele pobre garoto enfrentando suas dúvidas, senti o desejo de tumultuar a situação:
                “M está no shopping. Aproveite a oportunidade! – Fofoqueira Fina”
                Ele não imaginava o que encontraria, mas eu sabia. Na verdade, eu sempre sabia de tudo. Os minutos foram passando, enquanto Daniel corria para o shopping Center mais perto da casa de Monica.  
                Passando pelos portões, o nosso mocinho encontrou uma cena inesperada. Parada segurando um buquê de rosas, estava Monica. Ela conversava animadamente com um garoto. Os dois sorriam.
                -Até depois! Te adoro! – gritou a amada de Daniel, correndo até o primeiro táxi que apareceu. Sem ver sua nova paixão da escola, Monica foi embora ainda sorrindo. Porém, o coração dele se despedaçou. Não podia acreditar no que via. Ela já amava alguém. Ou não, mas ele não sabia disso.
                Apesar de todo esse drama adolescente, Monica chegou a sua casa muito feliz. Depois do meu aviso (“D está indo atrás de você, faça ciúmes! – Fofoqueira Fina”), ela avisou seu amigo que precisava criar uma ceninha urgente.
                Deitou-se em sua cama e ligou o som no último volume. Só de lembrar da feição de Dan depois de a ver acompanhada, ela se sentia revigorada. Quando seu celular vibrou ao seu lado, ela se surpreendeu com outra mensagem minha:
                “Não se esqueça que a L ainda está na briga por D – Fofoqueira Fina”
Escrito por StarGirlie.
8° Capitulo Fofoqueira Fina

No dia seguinte, Luna chegou à escola e viu todos lendo os celulares. Procurou o seu em sua bolsa, e logo o encontrou. Uma mensagem reluzia na tela:
                “O Baile de Verão se aproxima. Escolham seus pares. – Fofoqueira Fina”
                Luna odiava bailes. Sim, ela adorava dançar e, como já vira muitas vezes, dançava de forma perfeita. Mas ainda sim odiava.
                Sempre fora convidada pelos meninos. Mas nunca se interessara por nenhum. Até aquele momento, claro.
                Luna realmente nunca havia se apaixonado desta forma. Nunca passara de um simples beijo... Mas, com Daniel, praticamente não houve conversas, e ela já estava caída por ele.
                A menina guardou o celular e, sem querer, esbarrou em alguém.
                -Ah, me desculpe...
                -Oi Luna.
                -Oi Daniel.
                -Luna, err... – o menino fez uma pausa.
                -Fale Daniel! – disse Luna, assustada.
                Eu observava a cena de longe. Mas nem precisava estar perto para perceber que Daniel não esbarrara acidentalmente em Luna. E além disso, eu sabia o que iria dizer...
                -Gostaria de ir comigo ao baile?
                Neste momento, Luna abriu o maior sorriso que eu já vira e abraçou o garoto. Ela nunca escondera bem seus sentimentos.
                -E... o Erik? – disse Daniel.
                -O que tem ele?
                -Não prefere ir com ele?
                Luna pensou um pouco.
                -Mas claro que não!
                E saíram rindo.
                Monica observava ao longe. Seu celular estava prestes a explodir em sua mão, que o apertava fortemente. Ela só tinha um sentimento naquela hora. E era raiva.
                Ri da cena e mandei uma mensagem à ela:
                “Não fique assim, ainda há garotos bons, que causariam ciúmes... – Fofoqueira Fina”
                Eu vi um sorriso em seus lábios. Agora tudo correria de mal a pior, e eu apenas havia dado um empurrãozinho.
                Mandei para os outros outra mensagem:
“D convidou L para o baile. Novo casal? Façam suas apostas. – Fofoqueira Fina”
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9º Capítulo de Fofoqueira Fina                 
                Agora, Daniel está com Luna. Existe garoto mais indeciso do que ele? Será que ele trocou Monica por causa daquela ceninha de ciúmes? Como os garotos são bobos… David não significava nada mais do que um amigo para ela. Mas ele não sabia disso. Só eu sabia.
                Sentada ao telefone, estava Monica. Ela estava numa conversa super urgente com David. Ele havia ligado para avisar que se mudaria para a nova escola de sua amiga, para poder lhe dar apoio. Além disso, contou que recebeu uma mensagem minha que dizia:
                “D levará L ao baile, porque você não leva M? – Fofoqueira Fina”
                Obviamente, ele fez exatamente isso. Apesar de não ter certeza sobre seus sentimentos por Monica, aquele era seu momento. Depois de seu convite ser aceito, David ficou em êxtase. Talvez, ela também estivesse interessada nele. Pena que isso não é verdade, querido.
                Após desligar seu iPhone, Monica viu uma linda menina com porte atlético, mas delicado, aparecer em sua frente. Ela tinha um sorriso nos lábios e se sentou rapidamente ao lado da nova aluna.
                -Oi, eu sou a Julie! Eu te vi ontem no telão… É verdade que você e o Daniel estão juntos? – perguntou a menina curiosa. Infelizmente para Monica, aquilo ainda não era verdade.
                -Se você viu aquilo, como não leu a última mensagem pública da Fofoqueira Fina?
                -É que eu meio que já me cansei daquela pessoa. Ela já atormenta essa escola há muito tempo… Apesar de eu nunca ter sido alvo das suas fofocas, já vi pessoas saindo daqui por causa dela – Julie estava bem correta.
                Conversando em voz alta ali perto, estavam Luna e Daniel. Os dois pareciam tão diferentes, mas ao mesmo tempo, até combinavam. Será que Monica e Jane seriam substituídas? Neste exato segundo, uma mensagem brilhou no celular de todos os alunos da escola:
                “É… M vai com Dav para o baile, enquanto D vai com L… Quem E vai escolher para ir com ele? Ju ou J? Sabemos que eles nunca saem desse círculo de amigos. Ou inimigos. – Fofoqueira Fina”
                Os olhares varreram o colégio, a procura dos novos casais. Apesar de os encontrarem, não imaginavam que as situações eram muito diferentes do que pareciam. Só eu sabia a verdade.
                Enquanto conversava com Julie, Monica descobria que Daniel era mais adorável do que parecia. Ele e Luna não dariam certo, na sua opinião. É claro que ela diria isso. Seu desejo era tê-lo.
                Erik lera a mensagem e agora estava irritado. Achara que poderia levar Monica ao baile, para mostrar a Daniel que era melhor do que ele. Porém, agora aparecera aquele novo garoto e atrapalhara tudo. Ele seria obrigado a levar Julie ou Jane. Apesar de ambas serem lindas, Erik ainda não se interessara por nenhuma delas.
                Minutos depois, ele estava correndo até a sala de Artes onde Jane estava batendo papo com suas amigas. Chegando arfando, Erik perguntou:
                -Jane, você quer ir ao baile comigo? – ela tinha lido a mensagem e sabia que aquela era a sua última chance de ser convidada por alguém.
                -Ok. Você me pega em casa às 7 horas do sábado? Nada de atrasos – respondeu Jane rispidamente, indo embora sem esperar uma resposta.
                O baile estava tão próximo e todas as meninas se apressaram em encontrar o vestido perfeito. Aquela semana foi tão corrida, que nem vou me dar o trabalho de relatar muito detalhadamente. A chegada de David foi a única coisa que tumultuou os dias, mas agora que o Daniel só falava com a Luna, literalmente, não houve nenhum barraco. Por isso, na sexta-feira mandei esta mensagem a todos:
                “Amar duas pessoas ao mesmo tempo não é certo, D! Se decida, ou perca as duas! – Fofoqueira Fina”
Escrito por StarGirlie.

10° Capítulo Fofoqueira Fina

Ah, o dia do baile. Chegou tão rápido...

Sábado de manhã, Luna ainda não havia escolhido o vestido. Estava muito indecisa. Também, ela nunca fora ligada a moda. Mas não a culpo, possui muitos outros problemas, e não tem tempo para isso... tolinha!
Seu celular começou a apitar e ela o atendeu:
-Luna?
-Sim, ela mesma. Quem é?
Heva e Luna
Dois segundos se passaram. Não houve sequer uma respiração do outro lado da linha e a garota começou a se preocupar. Até que...
-LUNA!
-Espera aí, Hevangeline?
-YES! Dear, senti tanta falta de você aqui lá nos States... Sorry não ter te ligado antes, avisando...
-Espera, você está em São Paulo?
-Para ser mais exata, no seu portão, te vendo ter um ataque pela janela.
Luna correu e abriu o portão para a amiga. As duas se abraçaram por um longo tempo. Quase chorei. Que draminha bobo, nem sabem o que as esperam. 
         Faziam dois anos que elas só trocavam mensagens pela internet. Hevangeline se mudara para os Estados Unidos após ganhar uma bolsa de estudos, e tudo na vida de Luna ficara de pernas para o ar. As melhores amigas se separaram, e agora as coisas estavam voltando a ser como eram. Nenhuma das duas continha as lágrimas.
-Gosh, I have so much to tell you...
-Heva, calma aí. Estamos no Brasil.
-Sorry dear, meu português está tão enferrujado. 
As duas riram e logo entraram no quarto de Luna.
-OMG! O que aconteceu aqui, suas roupas estão tão... bagunçadas.
Luna explicou tudo para a amiga. Ou quase tudo. Ela nunca tivera coragem para contar a Heva sobre ela e Erik...
Hevangeline riu.
-Dear, precisamos fazer compras!
E assim foram ao shopping, e quando a tarde chegou, já estavam de volta à casa. Compraram lindos vestidos, afinal, Hevangeline também iria à festa, apesar de não ter acompanhante. As duas amigas arrumaram uma a outra, conversaram muito e contaram segredos. Só se esqueceram que as paredes têm ouvidos.
E eu também.
"H está de volta. Não se lembram dela? Que tal recordar no memorando de 2005? - Fofoqueira Fina."
E em menos de um minuto, não se falava outra coisa na grande cidade de São Paulo.

By Babi
            11º Capítulo de Fofoqueira Fina   
       
         É a hora, pensou Monica. Eram 6:45. David combinara que chegaria em 5 minutos. Os dois eram tão fofinhos juntos. Seriam o casal da festa, competindo apenas com Luna e Daniel. Obviamente, se aquilo não mudasse até o final do evento.
                Parada em frente ao espelho, dando voltas e voltas, checando seu lindo vestido (confira aqui com exclusividade o vestido da Monica), ela pensava diversas vezes se estava tomando as decisões certas. David era seu melhor amigo e, apesar de deixar claro que ele era apenas isso em seu ponto de vista, sabia que os sentimentos podiam estar sendo confundidos.
                A campainha tocou, Monica pegou sua bolsa-carteira e desceu as escadas. Seu coração parou no momento, em que viu Daniel parado no pé da escada, ao invés de David. Um sorriso foi trocado entre os dois, antes que Luna e o par de Monica aparecerem. Pelo menos, puderam sentir seu amor por um segundo.
                “Os pares devem estar trocados, queridos! Não viram o olhar apaixonante entre M e D? – Fofoqueira Fina”
                Apesar de receberem minha mensagem, os quatro decidiram ignorá-la. Luna explicou que a mãe dela estava levando todos para o Baile de Verão. Monica agradeceu um tanto envergonhada, e observou o lindo vestido de sua concorrente (o confira aqui). Ambas estavam lindas, mas apenas uma teria Daniel para si aquela noite. Eu já sabia a resposta.
                -Oi, Dan – Monica disse com um sorrisinho e fingiu fazer uma reverência como em filmes antigos. Seu amado a acompanhou no movimento e os dois riram.
                -Você está maravilhosa, Monica – disse Daniel, tendo como resposta um sorrisinho e um “Obrigado” sibilado. David e Luna até tinham começado a conversar nesse meio tempo de flerte. Até que eles ficavam bem juntos, mas tínhamos que lembrar… A noite estava apenas começando.
                Se despedindo dos pais de Monica, todos foram para o carro da mãe de Luna, Sofia, e Daniel preferiu se sentar na frente junto a ela para evitar confusão. Julie e Hevangeline ligaram para suas respectivas amigas com o intuito de avisar que já estavam no baile, esperando por elas.
                Parando em frente da escola, Monica partiu com David ao encontro de Julie (confira o dela aqui), enquanto Luna e Daniel seguiram na direção de Hevangeline. No meio dos dois trios, estavam Erik e Jane de mãos dadas. Aquilo era fingimento, obviamente. Tudo era parte dos planos secretos deles, que apenas eu sabia. Como sempre.
                Ao entrarem na pista de dança, com as luzes dançantes e a multidão de gente, ainda podia jurar que vira os olhares cruzarem a pista, trocando de casais. Monica e Daniel, Luna e Erik, David e Julie. Será possível? É hora de mais uma mensagem!
                “Novos casais de novo? Será a volta de M e D? L e E estam se apaixonando? Como Dav e Ju? Acompanhem a noite e descubram com a minha ajuda! – Fofoqueira Fina”
                Tudo pode mudar naquelas cinco horas de baile. Os romances podem aflorar, brigas podem acontecer e eu posso ficar mais malvada, mas isso acho que todos já sabiam.
                Escrito por StarGirlie.





12° Capítulo Fofoqueira Fina


Fiquei ligada nas conversas. Tudo estava do jeito que eu queria. Todos os casais estavam olhando para Luna e Erik, Monia e Daniel, David e Julie. Essa festa seria o evento do ano, e estava apenas começando...
                Erik e Luna conversavam. A garota dizia assustada:
                -Todos estão olhando para nós! Ai meu Deus, você ficou doido? Por que me chamou para dançar?
                -Lú, não agüentei. Você sabe muito bem quais são minhas intenções com você e...
                -Primeiro, chega desse “Lú”. Vai ficar na cara. Além disso, sei suas intenções, mas as outras pessoas não. Tenha calma, na hora certa saberão.
                Luna tinha razão. Todos tiravam suas próprias conclusões. E não eram nada amigáveis.
                Já Monica e Daniel estavam menos histéricos e mais apaixonados. Monica falava, baixinho:
                -Coitada da Luna. Você a deixou sozinha!
                -Monica, nem se preocupe. Tive uma conversa aberta com ela. Descobri que não me ama. Não que ela tenha dito isso, mas percebi. Olha como ela está linda com o Erik. Além disso, a minha vida está cheia. Amo outra.
                Com isso Monica se calou e virou o rosto para o lado. Não queria que ele a visse corar. Deitou-se no ombro de Daniel.
                David e Julie estavam entre tapas e beijos.
                -Você sabe que eu não te amo. – disse Julie.
                -E você sabe que eu amo a Monica! – os dois tinham os olhos colados um no outro.
                -E você sabe que eu não te amo também.
                -Claro, desse jeito ninguém vai amar.
                -Hã, olha quem fala...
                Haviam se passado 2 horas desde que o baile começara, mas apenas 15 minutos que dançavam. Além de chegarem atrasados, no começo estavam com vergonha de convidar alguém. Mas agora, tudo estava mais acertado.
                A música parou. Era quase meia noite. As badaladas do relógio começaram.
                -Erik, eu... – disse Luna.
                -Luna, não... – falou Erik.
                -Daniel, eu acho que... – cochichou Monica.
                -Não, Monica, eu... – disse Daniel.
                -Eu acho que te odeio David... – corou Julie.
                -Eu te amo. – disse David.
                Ao final das doze badaladas, todos os casais se beijavam. Luna e Erik, Monica e Daniel, Julie e David. E não pararam mais.
                Luna gemeu e chutou um pouco Erik no começo, mas cedeu. Daniel deu um beijo apaixonado em Monica, que retribuiu com delicadeza. E Julie, assim como David, beijou ferozmente. Sim, todos se amavam.
                Fiquei admirando a cena e quase me esqueci do trabalho:
“OMG! – Fofoqueira Fina”
Foi tudo que pude dizer. Mas afinal, todos estavam vendo.
                O real problema foi quando a coroação da rainha e do rei do baile aconteceu... Só havia um casal ganhador, e haviam três na disputa.

               By Babi 

13º Capítulo de Fofoqueira Fina


                Todos os alunos foram convocados à votação. Era chocante como em tão poucas horas, três casais pudessem ter se unido. Obviamente, eu já esperava que Daniel e Monica ficassem juntos novamente, pois aqueles dois eram perfeitos um para o outro, porém Julie e David? Erik e Luna me convenciam juntos muito mais do que esses dois.
                Depois dos votos terem sido depositados na urna, começou a contagem e os três casais concorrentes foram se sentar no palco. Os olhares de todos se concentraram naqueles rostos populares. Graças a mim, obviamente.
                Jane estava inconformada que Daniel não tivesse nem olhado para ela após sua chegada com Erik. Além disso, seu par falso a havia abandonado. Aquele era o pior baile de sua vida. E o melhor de tantas outras! Como a vida é injusta.
                A diretora da escola subiu nos degraus que levavam ao palco, carregando nas mãos o importante envelope que revelava os primeiros Rei e Rainha dos bailes de 2011. Ela tinha um sorriso nos lábios. Parecia jovem, apesar de carregar anos de trabalho naquele mesmo cargo.
                -Boa noite, alunos. É a hora de comunicar quem são os nossos reis da noite… - começou a diretora, abrindo o envelope, antes de continuar - Os vencedores são Daniel Cets e Monica Alena! Parabéns, queridos!
                Enquanto as coroas e tudo mais eram entregues aos dois pombinhos da festa, resolvi agir. Estava há muito tempo parada:
                “Own, que coisa fofa! Só esquecemos de um pequeno detalhe… D é muito volúvel! Chegou com L e sairá com M? – Fofoqueira Fina”
                Os efeitos da festa só foram sentidos na manhã seguinte. Acordada com algumas batidinhas na porta, Monica recebeu a visita de Daniel logo cedo. Os dois saíram para dar um passeio pelo lago perto da casa da garota e sob uma doce chuva de verão, deram um selinho. Obviamente, não deixei passar:
                “É parece que D escolheu oficialmente M – Fofoqueira Fina”
                Como quase todas as minhas mensagens, esta causou uma série de conseqüências, que contarei a todos vocês. Só basta esperar minha próxima aparição.
Escrito por StarGirlie.
                By Babi

14° Capítulo Fofoqueira Fina


No dia seguinte, todos estavam ao redor de Luna lhe fazendo perguntas do tipo “como está depois de ser largada na festa por Daniel?” “Está com raiva de Monica? O que vai fazer? Nada errado, espero”. Todos ansiosos, esperando que Luna ficasse brava.                                                   
 Mas ela não estava.
                Na verdade, nem brava, nem feliz era como Luna se sentia. Ela parecia confusa.
                O beijo que Erik dera na festa a feriu profundamente. Os dois nunca poderiam ficar juntos. Mas... fora tão bom. Oh, como ela se sentia mal por isso.     
                Apesar disso, a garota estava muito feliz por Daniel e Monica. 
              Ela queria que parassem com as perguntas. Todos pareciam abelhas em seus ouvidos, a fazendo se sentir cada vez pior. Sua cabeça latejava e Luna não se lembrava mais onde estava indo.
                De repente, sentiu um braço delicado, mas ao mesmo tempo forte, segurar seu pulso, e deixou-se levar.
                O braço a carregou para um lugar calmo. Luna achou que podia ser a biblioteca, mas não conseguia definir direito.
                Sentou-se em algo que lhe ofereceram. Começou a recobrar a conciência.
                -Está melhor?
                Luna olhou para figura a sua frente. Monica.
                As duas estavam em uma sala de aula vazia. Luna se sentiu realmente melhor. Adorava chamar a atenção, mas odiava tumultos.
                -Err, sim, obrigada. Mas, por que está me ajudando? - perguntou, ainda confusa.
                -Não sei. Só acho que não merece isso. E vejo que não está brava comigo.
                -É, não mesmo. Acho que o Daniel já te ganhara no primeiro momento. Ele tem muita sorte, você parece ser legal, ajudando alguém que nem ao certo conhece.
                -Ah, obrigada. Sabe, comecei a te observar nestas últimas semanas. Somos completamente diferentes, mas ao mesmo tempo, tão iguais. Sinto que sou sua amiga há anos.
                -Eu também acho isso. Mas me conta, como vocês estão?
                -Bem! Estou adorando a vida de namorada. Quer dizer, sabe, eu nunca namorei... – disse Monica constragida.
                -Nem eu!
                -E o Erik?
                -Bom, não posso...
                -Por que? Do que tem medo? – disse Monica, e logo depois de ver a expressão da menina, falou rápido – Não acho que o Erik seja esse tipo de cara...
                -Não, não é nada disso. Mas prefiro ficar em silêncio.
                O sinal tocou e as duas levantaram. Teriam um dia cheio de aulas.
                -Preciso ir, Luna.
                -Obrigada novamente, Monica.
                E as duas saíram correndo. Eu sabia, aquele era um grande recomeço, depois de um grande fim.
                “L e M estão se dando melhor do que o esperado. – Fofoqueira Fina”.
15º Capítulo de Fofoqueira Fina
                Até para mim, essa história de Monica e Luna sendo amigas, parecia estranha. Elas disputavam o mesmo menino há alguns dias e de repente toda a rivalidade acabou? Existia algo que não estava sendo exibido.
                Monica estava conversando com Julie e David na hora do intervalo das aulas, quando Jane apareceu ao seu lado. Todos sabiam que esta sim era uma verdadeira inimiga. Seu rosto bonito estava contorcido numa máscara de raiva. Pegando o pulso de sua rival, ela mostrou o quanto era louca:
                -Eu sei sua reputação! Sei que já quebrou muitos corações! Pensa que irá fazer isso com o meu Daniel?
                -Espera aí… Seu Daniel? Desde quando ele pertence a você, Jane? Poupe-me de seus surtos! – respondeu Monica. Soltando-se estrategicamente de sua inimiga, ela começou a caminhar para trás, mostrando a todos que estava sendo perseguida. Muito esperta.
                Em menos de um segundo, o motivo para a briga apareceu para defender Monica. Ele não parecia nem um pouco amigável, mas Jane era uma mulher e ele nunca bateria em nenhuma. Um bom garoto.
                -Jane, você enlouqueceu? Monica é minha namorada!
                -Dan… Nós somos... – perto dele, ela parecia tão frágil.
                -Amigos! Apenas isso! – Daniel segurou a mão de Monica e os dois se afastaram do tumulto. Correram para a biblioteca, desesperados por um momento de paz. Mas quem disse que eu deixaria algo assim?
                “D e M estão na biblioteca… Se dirijam para lá! Tenho certeza que as brigas ainda não acabaram – Fofoqueira Fina”
                Monica estava triste, isto era óbvio. Ela tinha uma vida calma e nunca brigava com ninguém no colégio. Porém, agora por causa de Daniel, tudo estava mudando. Esse realmente era o que queria?
                -Daniel.
                -O que houve, Monica?
                -Eu não me sinto bem nessa situação. Brigando com garotas por sua causa. Apesar de Luna ter se afastado de você, ainda há Jane e ela é bem pior. Isso não é certo… - as lágrimas ameaçaram cair de seus olhos, mas raramente esta menina chorava. Em público, pelo menos.
                -Monica Alena, você está prestes a pedir para “darmos um tempo”? – questionou Daniel, chocado. Ele amava sua namorada, mas será que ela sentia o mesmo?
                -Não, não, Daniel! Eu só quero que você entenda minha situação… Nunca passei por algo parecido, sempre estive no seu lugar…
                -Você ainda não reparou que ainda está “no meu lugar”? Esqueceu que David aceitou fazer aquele “papel” no shopping, só porque você pediu? Que Erik veio me dizer que você era a “única impossível”? A única diferença de tudo, é que eu sei que te amo – a voz de Daniel estava séria, apesar das dezenas de pessoas que apareceram na porta da biblioteca.
                -Você acha que eu não te amo? – perguntou Monica indignada.
                -Eu espero que sim.
                -Já chega, eu não preciso ser questionada sobre meus sentimentos! – avisou Monica saindo da biblioteca, atropelando os alunos. Entre eles, estavam Luna, Erik, Jane, Julie e Hevangeline.  Porém, David não estava na multidão.
                Correndo a passos largos, Monica descobriu onde seu amigo estava. David a esperava no corredor, com os braços abertos, sabendo que ela precisava de alguém em que pudesse confiar.
                -David…
                -Não precisa dizer nada, Mon. Eu entendo.
                Os dois ficaram abraçados, com as lágrimas de Monica caindo sobre o ombro de David, durante longos minutos. Enquanto isso acontecia, o resto dos alunos recebia a mensagem:
                “Dav consolando M? Own, que fofo! Agora que ela e D deram um tempo, acidentalmente, as coisas podem mudar. E muito! – Fofoqueira Fina”
                Escrito por StarGirlie.



16° Capítulo Fofoqueira Fina

Monica, naquela mesma tarde, chamou Luna para ir à sua casa. Poderia ter chamado Julie, mas sabia que a garota gostava de David, e seria um pouco complicado explicar tudo.
                Luna foi rapidamente. Depois que Monica a ajudara, sentia que devia fazer algo em relação a ela.
                Chegando lá, percebeu o nível de Monica. Prédio no centro da cidade. Gigantesco. Com um belo jardim na frente e uma imensa piscina na parte de trás.
                Se já não bastasse, o apartamento da menina era na cobertura, o que provavelmente significava que ela era a mais rica de todos ali. Luna olhou suas roupas. Nada chiques para a “ocasião”, mas decidiu seguir em frente.
                O porteiro a levou até o elevador, de onde seguiu par a casa de Monica. Ao abrir a porta, percebeu que se enganara. Ela era muito mais rica do que havia pensado. Sua casa possuía uma imensa mesa de jantar, detalhes que lembravam a moda antiga, uma jacuzzi que caberia pelo menos dez pessoas... e o quarto era de uma elegância inimaginável.
                As duas sentaram-se na cama e Monica agradeceu pela visita.
                -Luna, preciso escolher um dos dois. Sei que amo demais Daniel como namorado, e mais ainda David, mas como amigo. Mesmo assim, estou confusa.
                -Acredite em mim, Monica, também estou. Estou perdidamente apaixonada por Erik. Mas não podemos...
                -Por que não? O que impede vocês?
                -Monica, não sei se devo te contar...
                -Minha boca é um túmulo. – Monica fez um sinal de “x” em sua boca com os dedos, e Luna bufou.
                -Ok, mas essa história começa logo antes de eu mesma nascer.
                Monica arregalou os olhos, ansiosa, mas não disse nada. Apenas assentiu.
                -Quando minha mãe engravidou de mim, era casada com meu pai. Nessa época, ele saiu e fez uma viagem à trabalho, que demorou em torno de 5 meses, e quando voltou... – Luna parou por um momento.
                -Sim, pode continuar.
                Ela olhou para os lados, confusa, mas Monica pegou sua mão e a fez focar seus olhos nos dela.
                -...Trouxe um bebê recém-nascido, dizendo que o achara na viagem. Mas minha mãe logo entendeu. Era seu filho, com outra mulher. E ela... – Luna fez uma pausa e suspirou - ...quando foi falar ao meu pai que sabia, acabou causando um ataque cardíaco nele, que morreu, deixando minha mãe sozinha, grávida e com uma criança de menos de um mês para criar.
                -Então, essa criança era...
                -Erik. Somos irmãos, por parte de pai. Crescemos juntos, e muitas vezes o amor de irmãos se confundiu com outra coisa.  Mas faziam três anos que não o via. Ele viera para São Paulo, justamente por causa de mim. Sabíamos que se permanecêssemos juntos, algo errado poderia acontecer. E ele veio para cá.
                -Mas o que você está fazendo aqui se o objetivo era separá-los?
                -Eu não sei. Vim para São Paulo, e me matriculei nesta escola. Não tinha ideia de onde Erik estava. Apesar de nunca tê-lo esquecido, não queria descobrir. E acho que o destino... Seria outra dor ter que perdê-lo novamente, por que assim que nos encontrássemos, deveríamos partir para lados opostos.
                -Mas vocês ainda estão aqui. – Monica parecia surpresa e alarmada. Sua mente recapitulava os fatos.
                Luna tinha lágrimas nos olhos que a impediam de falar. Ela chorou, chorou e chorou nos braços de Monica.
                -Monica, e-eu estou aqui... – disse ela, tentando se acalmar. - ... porque não suportaria perdê-lo novamente. Eu quero ficar aqui. Mas não posso.
                Luna chorava sem parar, e de repente, Monica também começou. Sem ter nenhum motivo, as duas se sentiram unidas. Eram irmãs agora que Luna contara seu segredo.
                Mas o problema é que ela omitira boa parte da história.
                Decidi mandar uma mensagem à todos:
                “Duas amigas se consolando: L e M. L revelou segredos que apensa um de vocês pode saber, e a outra está prestes a escolher seu futuro amor. –Fofoqueira Fina”
                By Babi
              17º Capítulo de Fofoqueira Fina
       Era tarde da noite. A casa de Luna estava deserta. Ela não estava em lugar nenhum. Sendo emancipada, a garota não tinha companhia. Praticamente, nunca. Mas ficava em casa, pelo menos, normalmente.
                  No jardim, as plantas se remexeram com o surgimento de algo, que foi tomando forma. Era uma pessoa. Um homem. Erik. E ele não estava sozinho. Havia alguém ao seu lado. Era… Monica!
                Os dois se mexiam sorrateiramente no gramado que cercava a casa de Luna, parecendo que estavam fazendo algo errado. E naquela hora da madrugada, com certeza, era alguma coisa bem errada!
                Parados na lateral da casa, Monica e Erik começaram a sussurrar. Com um rosto decidido, a garota misteriosa tirou um envelope de sua bolsa. A luz fraca que iluminava os rostos dos dois, não conseguia tornar legível a escrita externa daquele pacote.
                -Erik, eu estou fazendo isso, pois você e Luna são muito importantes pra mim e não me sinto bem fingindo… - sua voz era doce e ela parecia estar prestes a chorar.
                -Você leu? – perguntou rispidamente Erik, ignorando os sentimentos da garota por quem sentira atração inicialmente. A situação havia mudado muito desde aquele dia.
                -Não! Mas tenho medo…
                -Não tenha. Isso não te envolve. Apenas a mim e a Luna – ele estava tendo um comportamento totalmente diferente do que tinha na escola.
                -Saiba que pode contar comigo. Sempre – Monica parecia estar pronunciando cada sílaba, convicta do que dizia.
                Ficaram em silêncio por alguns minutos, antes de Monica entregar o envelope definitivamente a Erik e partir, desejando uma boa noite de sono a ele. Havia um segredo entre aquele dois, e talvez envolvesse Luna. Isso tornava tudo mais perigoso.
                Erik foi até a porta de entrada da casa de Luna e tocou a campainha. Para a minha surpresa, a luz se acendeu e a maçaneta foi aberta. Porém, não foi a garota emancipada que apareceu de dentro da casa.
                -Natalie.
                -Erik. Pode entrar.
                “E se encontra com M na casa de L! E depois N aparece… Isso está muito suspeito e eu preciso saber o que se esconde por baixo dos panos! – Fofoqueira Fina”
Escrito por StarGirlie.

18º Capítulo de Fofoqueira Fina

Pode ser que eu esteja enganada, mas isso está me cheirando a confusão. E das boas.
                Natalie, a famosa estrela de cinema e também prima de Luna, está aqui mesmo, na doce São Paulo.
                Ela foi recebida por todos da escola com carinho. E inveja.
                Desde os 12 anos, a menina fizera filmes, e agora parecia querer dar um tempo. Ou talvez não.
                Natalie sempre fora a irmã de Luna nas horas difíceis, a melhor amiga para chorar e rir. Mas o que nem Luna mesma não sabia é que, por trás do sentimento de amizade, se escondia o ciúme.
                Apesar de sempre tentar ser melhor que a prima, Natalie nunca conseguira. Luna sempre fora a mais gentil, a mais carismática, a mais amada, a mais estudiosa... e Natalie acabou indo para o único caminho onde sentira que poderia ser a melhor: o show business. E conseguira, aparentemente.
                Ela estava muito feliz fazendo filmes e atuando, mas algo a trouxe de volta ao passado que tentara esquecer: Erik.
                Ela sabia de tudo que havia entre Luna e ele. Tudo. Sempre viu claramente o amor que sentiam. Nada parecido com o que realmente eram: irmãos. E se sentia muito... mal com esse afeto todo.
                Natalie voltara para provar alguma coisa, provar algo a Luna. Ou talvez a si mesma. Erik seria dela, não importava por onde teria que passar.
                Luna ficara muito feliz em saber que a prima estava na cidade e que ficaria por um tempo. Pobre garota, tão ingênua.
                Mas voltando ao que interessa, todos acolheram Natalie muito bem. Bem demais, eu diria. Inclusive Erik, o que despertou um sentimento estranho em sua irmã. Mas nada muito sério, espero.
                Logo no primeiro dia de sua chegada, na hora do intervalo, Natalie conseguiu ficar sozinha com Erik.
                -Natalie, não sabe com estou feliz em...
                -Não diga nada.
                E de supetão, Natalie lhe arrebatou com um beijo. Nada parecido com o de Luna. Muito mais feroz. Ela o queria, e ele cedeu.
                O que nenhum dos dois percebeu é que Luna analisava a cena. Ou talvez fuzilasse com os olhos, não consegui definir. Ela tinha raiva. E inveja.
                A garota fez o que todos esperavam: saiu correndo.
                E Erik não foi atrás. Ao contrário, quem a seguiu foi o último que esperávamos: Daniel.
                Não perdi um segundo:
                “E e N juntos, L com ciúmes, D correndo atrás de L, e M... onde estará M? – Fofoqueira Fina”
                By Babi

19º Capítulo de Fofoqueira Fina

                É… Com a volta de Hevangeline, Natalie e Erik, a vida de Luna nunca mais seria mesma. Apesar de não ter nada haver com isso, Monica também estava sofrendo com os problemas de retornos. David, Daniel… Espera aí, o Daniel está retornando a vida dela? Como assim?
                A “princesinha” de Búzios, estava parada na frente da biblioteca de sua escola, tentando imaginar como sua vida estava mudando rapidamente.  O aparecimento de Daniel mudara seu coração. Ele já havia mexido com sua mente, e parecia errado que tudo estivesse acontecendo novamente.
                -Mon? – a voz não era de David, como ela esperava. Era de Daniel. Ao seu lado estava Luna, mas eles não estavam de mãos dadas. Bom sinal.
                -O que aconteceu? – perguntou Monica. Seus olhos faiscavam ao ver o rosto de seu amado, mas ela não podia assumir nada daquilo. Não podia deixar que ele quebrasse seu coração novamente. Novamente? Eu preciso descobrir o que isso significa!
                -Eu precisava falar com você… Luna também – disse Daniel, tentando segurar a mão de sua namorada, ou talvez, ex-namorada. Porém, ela parecia chateada e rapidamente arranjou uma desculpa esfarrapada para ir embora:
                -Desculpem-me, mas eu tenho que ir. É que a Julie está me esperando. Temos que fazer um trabalho juntas – bastou isso para que ela partisse. Daniel tentou segui-la, mas Luna aconselhou-lhe a não perseguir a garotar. Não era o momento. Pelo visto, apesar de nunca ter tido um namorado sério, ela sabia muitas coisas.
                As aulas continuavam tensas. Erik sentava-se ao lado de Natalie, que estava ao lado de Monica, Julie, Luna, nesta ordem. Na frente das três últimas meninas, estavam Daniel, David e Hevangeline, respectivamente. Parecia que os grupos estavam bem divididos.
                Era aula do professor Spencer. É, aquele mesmo que se interessou por Luna. Sim, uma de suas alunas. Enfim, apesar de sua aparência jovial, ele escondia longos anos de trabalho. Pelo visto, não eram apenas os estudantes que tinham uma vida obscura.
                -Bom dia, alunos – ninguém respondeu, pois todos estavam ocupados com suas conversas paralelas, exceto um. Na verdade, uma. Luna olhava para ele com leve interesse, não especificando se era pela aula ou por Spencer propriamente.
                Monica conversava com David e Julie animadamente, até que percebeu o olhar de Daniel pousado em seu rosto. Mesmo sentando tão perto, ela ainda tinha esperanças que ele não tentasse conversar. No instante seguinte, como se ouvisse os pensamentos da garota, seu príncipe se levantou de sua cadeira e foi em direção ao professor.
                Ninguém ouviu a conversa. Nem mesmo eu. Eles sibilaram por alguns minutos, até que Daniel partiu, levando consigo sua mochila. Obviamente procurei saber o porquê daquela situação e ao descobrir, uma mensagem brilhou nos celulares de todos:
                “Depois de ver D saindo de sua sala tão triste, pareceu a todos que ele estava saindo da escola. Porém, de acordo com minhas fontes, que são 100% confiáveis, ele apenas mudou de turma. Será que isso trará conseqüências sérias ao seu relacionamento com M? – Fofoqueira Fina”

Escrito por StarGirlie.

20º Capítulo de Fofoqueira Fina

-O que aconteceu? Com você, comigo, com a gente? Por que mudou de sala? – Monica combinou de encontrar Daniel no parque, e logo empurrou muitas perguntas para ele. Ela estava muito confusa e queria respostas.
                -Monica, deixa que eu fale primeiro.
                “Sabe em que eu penso quando estou acordado? Em você. Sabe com quem eu sonho? Com você. Sabe quem invade sempre meus pensamentos, me deixa confuso, me faz perder a cabeça? Você. Minha vida se resume a isso: você. Por isso, eu te amo. Por favor, não pense que eu te esqueci, apenas entenda o que estou passando...”
                Monica tinha lágrimas nos olhos, e antes mesmo de Daniel terminar, o beijou com doçura. Tudo que ela desejava e sentia era a mesma coisa que ele havia descrito.
                Logo depois que acabaram a enrolação, Monica perguntou:
                -Mas o que está te afetando? Ainda não me respondeu por que mudou de sala.
                Daniel pensou por alguns segundos, e a garota começou a ficar preocupada.
                -Mo, sabe, o Erik disse uma coisa que me deixou meio confuso. Tudo está muito estranho comigo e com Luna, e Jane...
                -Espera, o que Erik, Luna e Jane tem a ver com isso? Não entendi nada.
                -Olha, não posso te contar. Mesmo, pelo menos até ter certeza. A Luna e eu estamos, digamos, na mesma situação. E a Jane... – Daniel colocou a mão na cara e sentou-se no banco que tinha perto. Monica o seguiu.– Não sei como te contar isso.
                -Daniel, seja o que for, eu te apoiarei.        
                Daniel ficou um pouco em silêncio e suspirou, decidindo contar.
                -Talvez não. Eu e a Jane... ficamos juntos.
                Monica olhou para ele e cochichou:
                -Como assim? Ok, entendo que no passado poderiam ser namorados. Mas nunca passou de beijos, certo?
                Daniel começou a ficar nervoso, e Monica percebeu.
                -Não, Mo, foi a uma semana atrás. Foi só uma noite, mas me arrependo demais.
                -É brincadeira, não é? Por favor...
                A voz de Monica cessou e a garota saiu correndo. Não continha mais as lágrimas. O conto de fadas acabara.
                Daniel também chorava.
Alguém sentou-se ao seu lado. Era Hevangeline.
-Oi. – ela disse.
-Oi. – ele respondeu sem nem olhar.
                -O que aconteceu?
                O garoto virou-se e analisou a menina.
                -Eu fiz uma coisa horrível.
                Hevangeline sentou-se ao lado do garoto.
                -Seja o que for, pense que o passado não pode ser alterado. Mas o futuro...
                Daniel assentiu e perguntou, limpando as lágrimas.
                -Ei, o que acha de dar uma volta. Não quero ficar aqui.
                Hevangeline olhou para os lados e acenou com a cabeça. Os dois começaram a andar e Daniel contou-lhe toda a história.
                Em poucos minutos, todos recebiam a mensagem:
                “M e D terminaram, e parece que alguém já tomou o seu lugar. Onde andara H todo esse tempo? Acho que agora já sabemos. – Fofoqueira Fina”
                By Babi

21º Capítulo de Fofoqueira Fina
Monica falando com Jane
                -Monica? – a voz pertencia a Jane. Ela estava no jardim da cobertura da menina que chamava. Depois que eu informei a todos o fim do namoro, a amiga de Daniel se sentiu culpada pelo que estava fazendo e resolveu agir.
                Monica surgiu vestida como se fosse para uma festa. Nem parecia que havia acabado de terminar um namoro. Mas vamos convir, uma semana nem é considerado algo sério! Apesar disso, era de se esperar que a romântica estivesse triste, pelo menos.
                -Olá, Jane.
                -Monica, eu preciso te contar…
                -Querida, se você quer me contar sobre como nada daquela história é verdade, está um pouco atrasada. Sei que Daniel está mentindo para encobrir algo muito maior.
                -Espera… Então por que você não falou isso pra ele? – Jane parecia assustada. Nunca imaginara que seu amado escondia algo obscuro, mas segundo os fatos, parecia que sim.
                -Eu sou mais esperta do que isso. E sei de coisas que mudariam o rumo de tudo.  Porém, não quero revelá-las… Tenho planos muito melhores – um sorriso malicioso surgiu em seus lábios e ela ajeitou.
                -Isso não pode ser verdade. Daniel jurou pra mim, que apenas ele, Luna e Erik sabiam a verdade…
                -Não são só eles que conhecem esse segredo. Natalie também sabe. Pelo visto, você também foi enganada – uma risadinha escapou dos lábios de Monica e ela sacou seu celular. Ouvira-o vibrar. A mensagem não era minha, como vocês devem ter esperado. Era de Hevangeline.
                “Monica, eu consegui. Daniel me contou toda a história. Agora que eu sei a verdade, preciso que jure que nunca vai contar nada para Luna. Ela não me perdoaria nunca”
                Obviamente, a resposta era afirmativa. Monica também tinha muito a perder, e sabia que Hevangeline a ajudaria sempre. Elas já se conheciam há muito tempo. Até mesmo antes de ela e Luna se tornarem amigas.
                Virando-se para Jane, Monica avisou que tinha um compromisso marcado e que era urgente. Parecia uma desculpa boba, mas era verdade. Correndo por seu apartamento e alcançando sua bolsa antes de entrar em seu elevador particular, a garota misteriosa sentiu seu coração bater mais rápido. O que faria a seguir mudaria sua vida.
                Pegou o primeiro táxi e rumou em direção ao local combinado. Por sorte, o trânsito caótico de São Paulo não a impediu. O passado estava voltando com força total. Todas as pessoas de quem ela fugira quando era menor, agora a perseguiam novamente. Daniel, David, Erik, Hevangeline…
                Quando o motorista parou em frente à casa, Monica percebeu que não havia outra forma de as coisas derem certo. Seu coração parou ao ver o lindo garoto que a esperava no portão. Seus olhos azuis, que beiravam ao verde muitas vezes, e seu cabelo preto tornavam sua beleza ainda mais estonteante. E para tornar tudo ainda mais perfeito, eles eram ex-namorados.
                -Cabe.
                -Mon – e o lindo garoto correu em sua direção, dando-lhe o abraço mais carinhoso que eu já havia visto. Era o momento de agir novamente.
                “M encontrou um ex-namorado, C. Isso com certeza vai causar cíumes no novo solteiro, D. Além disso, nunca se esqueçam; as coisas não são o que parecem! – Fofoqueira Fina”
Escrito por StarGirlie.
22º Capítulo de Fofoqueira Fina
                
Natalie saindo do restaurante.
O celular de Luna tocava freneticamente em sua bolsa. A menina o atendeu:
                -Alô? É  a Luna.
                -Oi Lu. Aqui é a Nati. Precisamos nos encontrar... a sós.
                -Claro Nati, onde?
                -Pode ser no restaurante perto da escola?
                -Claro, estou indo para lá.
                -Te aguardo.
                Luna seguiu para o restaurante. Estava ansiosa, afinal, não tinha ideia do que sua prima queria que podia ser tão sério.
                Chegando ao local combinada, a garota logo avistou Natalie as duas sentaram e a conversa começou:
                -O que quer, prima?
                -Bom, preciso te contar uma coisa.
                -Pode falar.
                -Melhor você ler.
                Natalie entregou à Luna um pacote. Luna sorriu, meio surpresa, e foi logo abrindo-o. Eram papéis.
                -O que significa isso?
                -Leia.
                Luna foi lendo, e a cada linha que passava, sua expressão mudava. No final, ela estava branca.
                -Não pode ser.
                -Sim, é verdade.
                -Mas então, eu e o Erik...
                -Não são irmãos.
                Foi isso mesmo que eu entendi? Natalie deixando o “caminho livre” para Erik e Luna namorarem? Isso está um pouco suspeito, não acham?
                -Preciso falar com ele...
                -Como assim?
                -Agora, nós podemos ficar juntos!
                A face de Natalie mudou. Ela esperava que Luna ficasse brava e nunca mais quisesse olhar na cara do suposto irmão. Mas se enganara.
                -Ei, ele sabia disso há pelo menos um ano. Por que está feliz? Não deveria estar brava?
                -Claro que não! Ele deveria ter um bom motivo para esconder! Não há barreiras. Obrigada Nati, te vejo mais tarde. – Luna levantou e foi embora do restaurante.
                “Flagrada: garota sozinha saindo restaurante - N. Chorando. O que será que ela está fazendo? – Fofoqueira Fina.”
By Babi

23º Capítulo de Fofoqueira Fina

Monica e Cabe
                Monica estava sentada no sofá da sala da casa de Cabe. Ela se sentia tão bem ali. Apesar de não ser a casa onde eles ficavam juntos no passado, era aconchegante do mesmo jeito. Talvez fosse a presença de Cabe. Own, que fofo. Pena que ela deu um pé na bunda dele. Há seis meses. Em Búzios.
                Enquanto seu ex-namorado ia a cozinha buscar um lanchinho para os dois, Monica resolveu ligar para Hevangeline. Aqueles torpedos não eram suficientes para explicar tudo, ainda mais depois da minha mensagem pública. Monica sabia porquê Natalie chorava sozinha. Ela havia revelado o segredo.
                -Heva?
                -Mon! Você já soube sobre a Luna e o Erik? – sua voz estava ansiosa.
                -Não muito bem…
                -Luna descobriu que Erik não é seu irmão e me ligou imediatamente. Senti-me mal por não ter contado a ela antes. Nós duas sabíamos, até mesmo Daniel já sabia!
                -Mas Daniel também não é o que parece. Porém, isto eu não posso te contar. Sorry, friend.
                -Você ainda lembra muito bem de nosso tempo nos Estados Unidos, não é?
                Antes que Hevangeline pudesse contar mais novidades, Monica se despediu e desligou o telefone. Cabe podia ouvir, ou até mesmo eu. Como as pessoas que tem segredo tem medo de mim, não é mesmo?
                Quando seu ex-namorado se sentou ao seu lado e segurou sua mão, a misteriosa garota sentiu aquele formigamento em seu rosto começar. Ele era o único que a fazia corar. Talvez, fosse o único que alcançara seu coração.
                -Por que você me procurou, Cabe? – perguntou Monica, sentindo seu coração disparar. Não estava preparada para aquele reencontro. Suas emoções estavam expostas.
                -Eu preciso de você, Monica. Até hoje não entendi como você pode me abandonar. Sumir daquele jeito… Estávamos tão bem! – ele tocou o rosto de sua ex-namorada, sorrindo quando ela ficou ainda mais vermelha.
                -Bem demais, Cabe. Eu não estava preparada para um relacionamento tão sério. Tinha apenas 15 anos!
                -E eu 17! Você não sabe como foi difícil ir para a faculdade sabendo que havia sido abandonado… - uma pequena lágrima ameaçou cair em seu rosto, mas Monica a secou rapidamente.
                -Eu não queria deixar você, mas precisava ir embora…
                -Não importa mais o passado. Eu estou aqui com você agora, nada mais importa – ele se aproximou cuidadosamente de Monica, olhando em seus olhos.
                Era fácil saber que o amor dos dois não havia acabado por completo, e o óbvio aconteceu em seguida. Cabe e Monica se beijaram. Daniel foi esquecido. Pelo menos, naqueles segundos em que o beijo durou. Resolvi agir imediatamente.
                “Pobre D! M já te trocou pelo C! Que beijo foi aquele, hein? Acho que ter inventado aquela história com J não foi uma boa ideia, não acha? – Fofoqueira Fina”
Escrito por StarGirlie.


24° Capítulo Fofoqueira Fina


Luna foi direto para a casa do irmão. Ops, de Erik, já que agora não eram mais tão próximos assim.
                Ao chegar lá, bateu na porta. A garota possuía um sorriso imenso. Lera o exame de DNA muitas vezes antes de concluir que era real.
                Ela se perguntava muitas coisas. Estava muito arrependida por algo que fizera, mas não queria pensar no passado. Só nela e em Erik.
                O dono da casa abriu a porta e, pegando-o de surpresa, Luna deu-lhe um beijo excepcional. Ficaram durante alguns momentos naquele clima, até que Erik decidiu que precisava de esclarecimentos.
                -Ei, espere Luna. Sabe que não podemos...
                -Não. Eu sei que podemos.
                Luna mostrou-lhe o exame.
                -Quem te contou?
                -Não importa.
                -Espere, não está brava, ou sentindo-se mal, não sei?
                -Não.
                -Mas e quanto ao...
                Luna colocou o dedo em frente aos lábios de Erik.
                -Não quero me lembrar. Está tudo bem, agora que sei, tudo que me importa é você.
                Erik sorriu do jeito que Luna amava e os dois se beijaram intensamente.
                -Ei, pare, vamos acabar fazendo besteira. – disse Erik.
                -A vida é muito curta para não aproveitarmos como se deve.
                E dito isso, ela pulou em cima de Erik, que caiu no chão e riu.
                -Aqui?
                -Onde mais?
                -Olha se não é a pequena Luna, se revelando.
                Os dois riram e continuaram a se beijar. Devo confessar que assisti um pouco mais do que isso, mas não estamos interessados nisso.
                Enquanto Luna e Erik descobriam coisas que nenhum dos dois conhecia no outro, Jane tinha um encontro com o professor Spencer.
                -Jane, você não faria isso...
                -Ah, se faria, Spencer querido.
                -Mas eles acabaram de descobrir a verdade.
                -Oh, eu sei. Mas não toda ela.
                A garota riu e o homem a seguiu.
                -Agora chega de palavras, quero você...
                Não podia ver aquilo sem entrar no meio.
                “L e E estão passando sua primeira noite juntos. Espero que isso não interfira nos planos de N, nem de J. – Fofoqueira Fina”
                Logo depois que enviei isso, recebi de uma de minhas informantes a mensagem que precisava para ter uma noite com estilo.
                “D e H. Entraram juntos em uma casa. Paola.”
                OMG! Daniel e Hevangeline, quem esperava isso? Decidi que essa informação poderia ser retida por certo tempo. Não muito, claro.
                By Babi

25º Capítulo de Fofoqueira Fina
                A casa estava escura. Daniel entrou na frente de Hevangeline, mesmo sabendo que não havia perigo algum para nenhum dos dois. O que havia ali era melhor. Muito melhor. Seu rosto estava corando quando as luzes foram acesas.
                Parada ao lado do interruptor, com um sorriso nos lábios, os olhos fixos em Daniel, o coração batendo rápido, estava Monica. Sem Cabe. Alguma coisa dera errada entre o período de tempo em que eu me dediquei ao outro núcleo da história.
                -Eu estava com medo que você não viesse mais… Depois de a Fofoqueira Fina ter dito que você beijara outro, eu fiquei tão preocupado! – disse Daniel segurando as mãos de sua amada. Monica liberou uma delas e tampou a boca do garoto.
                -Não pense no passado. É o Cabe, ele voltou e nos beijamos, mas nada aconteceu. Sabe por quê? Porque eu te amo e só quero você.
                -Mas você não sente nada por ele? – Daniel fez questão de perguntar. Hevangeline e Julie, que havia trazido Monica para o lugar combinado, estavam conversando num canto escondido.
                -É claro que sinto, você vive errando, me magoando. E ele está lá, oferecendo todo o carinho de que eu preciso e quero. Porém, meu coração ainda te pertence.
                -Esse ainda foi um aviso, não foi?
                -Sim. Eu não sou uma mártir. Quero ser feliz e caso essa felicidade não venha com você, infelizmente terei que te abandonar – Monica estava falando sério. Ela não suportava ser magoada. Já havia sofrido demais, e apenas eu sabia disso.
                No segundo seguinte, Daniel puxou, com delicadeza, o rosto de Monica para o seu e selou seus lábios com os delas. Julie dava risadinhas no fundo do cômodo, mas Hevangeline não parecia achar graça de nada.
                Ouviu-se um clique como de uma máquina fotográfica e o casal se afastou. Todas as pessoas que estavam no local começaram a se perguntar o que havia acontecido. Coitados, não imaginavam que aquele alvoroço era causado por mim.
                Um telefone tocou. Era o de Monica.
                -Alô?
                -Monica? – a voz era irreconhecível.
                -O que foi, Cabe?
                -Está tudo bem com você?
                -Sim, por quê?
                -Porque a tal da Fofoqueira Fina me mandou uma mensagem dizendo para você ter mais cuidado com o que você faz… - Cabe estava muito preocupado. Só por causa de uma leve ameaça que eu havia colocado na mensagem. Queria ver aquele circo pegando fogo mais rapidamente.
                A ligação foi cortada. As luzes da casa foram apagadas. Foi possível ouvir um grito. No segundo seguinte, uma mensagem brilhava nos celulares de todos.
                “É… Vocês devem estar pensando que isso é culpa minha, mas não estou envolvida nisso. Eu sou uma fofoqueira, não uma seqüestradora – Fofoqueira Fina”
                Sem entender o que isto significava, Daniel olhou na direção de Monica, mas não havia nada no lugar onde ela estivera. Na verdade, havia sim. Um bilhete com os dizeres:
                Essa princesa não terá seu final feliz
        O desespero tomou conta de Daniel, Julie e Hevangeline. Era óbvio depois da minha mensagem que Monica havia sido seqüestrada. Só que ao contrário da foto que todos receberam antes da mensagem, isto não tinha nada haver comigo. Pela primeira vez, eu era inocente.
                Escrito por StarGirlie.



Luna saindo da casa de Erik às pressas

26° Capítulo Fofoqueira Fina
                        
Ah, a noite mais esperada de uma garota.
                        Luna acordou atordoada. Não sabia onde se encontrava. Lembrou do que havia acontecido na noite anterior e sorriu.
                        Olhou ao seu redor. Nada. Não que não houvesse nada, mas para ela, aquele espaço estava vazio pois Erik não estava ali.
                        Era a casa dele. A mesma que entrara noite passada. A melhor noite de sua vida. Levantou-se da cama e saiu do quarto do ex-irmão, em busca de suas roupas. Encontrou-as na sala e vestiu-as. Sentiu-se um pouco nauseada. Nada demais.
                        Saiu da casa meio apressada. Precisava encontrar Monica, Hevangeline, Julie e Natalie. Queria contar tudo às garotas.
                        Sacou seu celular e discou habilmente os números do celular de Monica. Tocou, tocou, e uma voz masculina atendeu:
                        -Alô?
                        -Daniel?
                        -Sim. Luna, a Monica, você a viu, ai meu deus, vou ter um ataque...
                        Várias vozes saiam do pequeno aparelho, e Luna não identificava o que estava acontecendo.
                        -O quê? Aconteceu alguma coisa com a Monica?
                        -S-sim. Ela foi seqüestrada.
                        -Espere, o quê? Como assim?
                        -Olha, Luna, acho melhor vir para cá. O Erik chegou faz alguns minutos. Estamos na casa dela. – e desligou.
                        Luna estava confusa demais e pegou o primeiro táxi que viu em direção a casa da amiga. Ao chegar ao luxuoso prédio, entrou e foi diretamente ao ap. de Monica. Confesso que até eu estava preocupada. Brincadeirinha.
                        Erik atendeu a porta.
                        -Luna! – os dois deram um beijo rápido. – Desculpe te deixar sozinha. Mas como sabe, estamos em uma crise aqui.
                        -Ok, me explique tudo.
                        Os dois foram para a sala, onde encontraram Heva, Julie, Daniel, Cabe, David, Natalie e Jane. Alguns faziam ligações, outros choravam e Hevangeline e Cabe vieram ao nosso encontro.
                        -OMG, o que está acontecendo? – disse a menina, surpresa.
                        Ao olhar para Cabe, Luna empalideceu. O garoto sorriu:
                        -Oi, eu sou o Cabe. – e estendeu a mão.
                        Luna começou a suar. Não era possível que ele estava ali.  
                        -Ah, eu sou, sou L-luna. – disse ela, estendendo a mão e tremendo.
                        -Não fique assim, querida. – disse Erik. – Monica irá aparecer.
                        -Claro, claro... – falei tentando despistar meu nervosismo. Todos podiam estar lá, até Jane. Mas Cabe, ah, ele não.
                        -Luna, - resmungou Heva. – Monica foi seqüestrada... – e contou toda a história para a amiga. Não pude ficar quieta:
                        “Parece que L encontrou algo de seu passado. E ele tem nome: C. – Fofoqueira Fina”
                        By Baby

27º Capítulo de Fofoqueira Fina
                Monica estava começando acordar, depois de passar um bom tempo desmaiada. Seu corpo pendia amarrado numa cadeira no meio daquele galpão. As luzes estavam apagadas para que ela não fosse encontrada de forma alguma.
                Os olhos da garota estavam cobertos por um pano. Seus braços e pernas foram presos, imobilizando seus movimentos. De qualquer forma, Monica não tentaria fugir. Seu corpo fora machucado no caminho até o galpão e ela não tinha forças para se mover.
                -Olha que bom, a misteriosa garota vai morrer misteriosamente! – gritou uma voz, que por causa do cansaço, Monica não conseguiu diferenciar se era mulher ou homem.
                Um galho levantou o rosto da seqüestrada, arranhando sua pele. O sangue, que antes havia estancado, voltava a sair em grandes quantidades. Era possível que aquele seqüestro acabasse mesmo em desgraça.
                Ouviu-se uma porta ser aberta no fundo do local e uma pessoa entrou mascarada como o seqüestrador. Ao ver o estado de Monica, o cúmplice parou no lugar onde estava. Imaginava que não machucariam a “princesa”, dando-lhe apenas um susto. Porém, agora podia ver o que realmente havia acontecido.
                -Meu Deus! O que você fez com ela? – exclamou o ajudante, que como o seqüestrador, Monica não conseguia distinguir se era homem ou mulher. O pano e os machucados estavam prejudicando sua audição.
                -E vou fazer muito pior. Ela pensa que pode fazer tudo que quer? Estou cheia de meninas como Monica – ao perceber que a garota ouvia tudo que era dito, o vulto, já que não era identificado, chutou as costas da cadeira e a fez gritar de dor.
                -Pare, pare! Pelo amor de Deus! – a voz de Monica saiu aguda, já que ela não tinha controle sobre suas cordas vocais.
                -Agora você cita Deus? – o monstro que fazia toda aquela tortura, pegou uma parte do cabelo da seqüestrada e começou a puxar. Usando um código, ordenou que seu cúmplice fizesse isso com o outro lado. Foi então que percebi.
                Os dois usavam luvas, que impediam de serem rastreados. O capuz não deixava o cabelo cair o que tornava impossível se encontrar DNA no local. Caso Monica morresse, os culpados nunca seriam pegos. Pelo menos, de forma legal.
                Monica soltou um grito agudo quando o seqüestrador enfiou um pedaço de pano, semelhante ao que cobria seus olhos, dentro de sua boca. Após disso, ela não conseguia mais gritar.
                -É tão engraçado vê-la assim. Não acha? – perguntou o monstro principal a seu cúmplice.
                -Não, não acho.
                -Mas isso não importa mais, você está dentro disso, não pode sair. Se não eu te culparei.
                -Eu sei – lágrimas ameaçaram cair dos olhos do cúmplice. Havia tomado a decisão errada.
                Saindo de perto das duas pessoas, o seqüestrador foi, até o fim do galpão, buscar algo. Quando voltou, se tornou possível enxergar o que ele trazia. Um tubo de álcool.
                -Isso não, isso é demais! – gritou o cúmplice, mas desta vez, Monica nem conseguiu ouvi-lo. Sua mente estava concentrada no cheiro que vinha de tão perto.
                Sem dar ouvidos a seu cúmplice, o seqüestrador anônimo cobriu todo o local de álcool e indicou para que este o seguisse até a porta. Quando ali chegaram, um sorriso perverso surgiu na boca do monstro e ele disse:
                -Nem precisaremos acender o fogo.
                No momento em que ele saiu rindo acompanhado de seu amigo, resolvi agir:
                “Eu sei onde está M! Galpão 5. Vocês sabem o que eu quero dizer. Mas antes mais um aviso importante: não liguem as luzes! DE FORMA ALGUMA ACENDAM AS LUZES! – Fofoqueira Fina”
                Eu havia feito minha parte, agora bastava que os vários príncipes conseguissem salvar a doce princesa acorrentada.
Escrito por StarGirlie.


28° Capítulo Fofoqueira Fina

-Onde ela está? – disse Erik, ao volante.
                -Galpão 5, para lá! – exclamou o namorado de Monica.
                -Não! – gritou Luna. – É para lá!
                Eles se sentiam em uma perseguição. O banco de trás do pequeno carro de Erik estava lotado: Luna, Hevangeline, Julie e Cabe dividiam-no. Daniel estava no banco do passageiro. Por algum motivo, Natalie e Jane tiveram de partir. Parecia que estavam tendo contatos com alguém e negociando o resgate de Monica.
                Os adolescentes estavam perto do local onde eu dissera para irem. Confesso que rezava para que não acendessem as luzes e acabassem com tudo. Monica ainda tinha muita fofoca para gerar, seria uma pena perder uma pessoa com tal potencial. Principalmente quando eu me encontro no pedaço.
                Ao chegarem ao galpão 5, Daniel e Cabe saltaram para fora e começaram a correr. Eu imaginava que disputariam muito mais, pois eram praticamente rivais pelo coração de Monica. Mas não. Eles a amavam tanto que seriam capazes de fazer tudo para que ela saísse a salvo. Temia que isso fosse impossível.
                As garotas foram logo atrás com Erik. Ao entrarem no local onde o seqüestrador escondera Monica, não conseguiram enxergar nada.
                Cabe disse:                                                        
                -Impossível de ver qualquer coisa, deve ter um interruptor por aqui.
                -NÃO! – gritou Daniel, mas era tarde demais. Cabe já achara o que causaria a explosão.
                Sem pensar duas vezes, Luna correu para dentro do galpão.O fogo já ardia.
                Ouviu-se ao longe um garoto solitário, que uma vez pareceu sem coração, gritando:
                -Luna, não!
                A garota não enxergava absolutamente nada e chamou pelo nome da amiga. As chamas a cercaram e ela não conseguia mais encontrar a saída. Não houve resposta.
                De repente, ela avistou uma figura se debater. Era Monica.
                Luna correu naquela direção sem se importar com os machucados e desamarrou, com os olhos fechados, a amiga da cadeira onde se encontrava. Não conseguia ver, mas presumiu que sua boca estivesse tapada.
                Ao perceber que ela não conseguia se mover, a menina que uma vez chamei de fraca, levantou Monica pelos braços e arrastou-a, mesmo sem saber ao certo o caminho que tomava.
                Nesses poucos segundos, percebi que recorreu a Deus. Pediu-Lhe para iluminar o caminho. E a luz veio.
                Luna tossia, assim como Monica, e as chamas taparam-lhe os sentidos. Mas mesmo assim, ela escutou. Um grito de amor. Um grito de paixão. De dor. Erik gritava e ela seguia sua voz.
                Quando percebeu que se afastara do fogo, nem conseguia mais abrir os olhos. Apenas desmaiou, com a certeza de que ele estava ali para pegá-la.
                Tudo que consegui mandar foi:
                “Meu pequeno apelo: rezem para que nada de grave tenha acontecido à L e M. – Fofoqueira Fina”
                By Babi

       
29º Capítulo de Fofoqueira Fina
                Faltava ar nos pulmões debilitados de Monica. A fumaça do incêndio havia contaminado seu corpo. Era difícil saber se ela sobreviveria. As agressões e o fogo poderiam ter, enfim, matado a mocinha. Não que matá-la fosse fácil. Vocês não imaginam como ela é forte.
                O que mais me chamou atenção foi que o corpo desmaiado de Luna não estava mais localizado ao lado do de Monica. Ela havia desaparecido. Quem estava provocando tudo aquilo era profissional. Dois seqüestros no mesmo plano? Loucura!
                As chamas ainda ardiam fortemente, mas tanto Cabe quanto Daniel havia entrado no incêndio. A ideia de que o amor da vida dos dois poderia estar queimando no meio do fogo era angustiante. Até mesmo para mim.
                -Monica! Responda-nos! Pelo amor de Deus! Monica! – gritava Daniel desesperado. Não havia nada em parte alguma. É claro, o fogo já havia destruído a cadeira onde ela estivera amarrada.
                -Monica! – berrou Cabe, mas não houve resposta.
                A garota estava tonta. Tudo parecia muito difícil de entender. Há cinco horas ela estava beijando Daniel numa casa escura. Depois se descobrira seqüestrada e agora se sentia morta. Talvez seja isso que me aconteceu, pensou.
                Conforme, retomava sua consciência percebia que não estava sozinha. Havia alguém a espreita, esperando que ela acordasse. Seria o seqüestrador novamente? Ou alguém viera lhe salvar? Até agora, ela não entendia como chegara naquele lugar. Sabia muito bem que estava presa naquela maldita cadeira.
                Seus olhos arderam quando uma lanterna iluminou seu rosto. A pessoa que a segurava não era quem Monica esperava, mas talvez fosse de quem ela precisava.
                -David! – ela tentou gritar, mas sua voz saiu aguda. Seu amigo correu em sua direção e se sentou ao seu lado, abraçando-a imediatamente.
                -Você está bem, Mon? Eu estava ajudando a minha mãe a cuidar do jardim e fiquei sabendo sobre seu seqüestro. Vim correndo até aqui... – seu rosto parecia estar corado, como se estivesse corrido muitas horas.
                -Muito obrigada, David – disse Monica o interrompendo. Eles não tinham tempo, era necessário sair dali antes que o fogo tomasse conta de todo o lugar.
                Ouviram-se gritos ao longe, provocando medo na “princesa”. A ideia de ter aqueles bandidos a machucando novamente, a deixava apavorada. David a envolveu num abraço ainda mais forte e sussurrou:
                -Nós não podemos sair, Monica. Daniel e Cabe estão vindo nessa direção. Eu os avisei.
                Conformada, mas preocupada, ela esperou por alguns minutos, que depois viraram horas e quando reparou já havia adormecido. Nenhum dos dois aparecia. Porém, David não parecia nem um pouco preocupado. Será que ele tentará matar seus antigos rivais?
                Passos ecoaram perto dos dois amigos e uma figura mascarada surgiu. Encapuzada, carregando um revólver em sua mão, ela se aproximou por trás.
                Mirando a cabeça de David, o seqüestrador, ou seu cúmplice, era impossível dizer, disse:
                -Solte a garota e se afaste. Senão, quem levará o tiro será você! – a voz estava abafada, o que impedia a identificação.
                Mesmo sob ameaça, o grande amigo continuou abraçando Monica, que neste segundo acabou despertando, o suficiente para ouvir um tiro ser disparado. Ao mesmo tempo, mandei uma mensagem a todos:
                “Dav e M estão em perigo. Corram antes que seja tarde demais. Mas pelo barulho do tiro, já é tarde demais – Fofoqueira Fina”
                Escrito por StarGirlie.

30º Capítulo de Fofoqueira Fina
O tiro ecoou, e todos que estavam no local escutaram. Luna, que permanecia no colo de Erik, parecia atordoada, mas já melhorara muito. Ao escutar o barulho, encolheu-se de medo.
Daniel e Cabe pensaram em Monica, Julie imaginou Cabe e Hevangeline pensou em Luna. Tudo muito confuso.
Logo que percebeu o que estava acontecendo, Monica gritou. Um tiro fora disparado, mas ao contrário do que imaginava, não fora em David.
Daniel, Cabe, Erik, Julie e Hevangeline chegaram ao local do crime e analisaram a cena. Uma figura jazia no chão, caída. Estava baleada. Ela usava capuz e roupas pretas, sendo irreconhecível. Outra, que estava vestida da mesma forma, segurava uma arma na mão e tremia muito.
David e Monica estavam logo em frente, paralisados pelo terror.
Daniel correu e tirou o capuz da forma caída. Erik soltou um grito agudo, assim como Luna.
-Natalie!
Ela ainda respirava, e pôde dizer suas últimas palvras:
-Até qualquer hora, priminhos.
Todos estavam assustados demais. Natalie sequestrara Monica, mas por quê?
A pessoa que a acertara com um tiro revelou sua face. Mais surpreendente ainda. Jane.
Todos abriram a boca em um formato de O. Tudo parecia errado. Luna então disse:
-Precisamos de respostas. Agora.
Jane apontou a arma para a cabeça e disse:
-Luna, nunca confie em ninguém.
E atirou.
Mandei em sinal de divertimento:
“N e J fizeram algo errado. Que cumpram sua pena no além. – Fofoqueira Fina”
By Babi
Ps: desculpa a falta de parágrafos, mas deu um problema  aqui...

31º Capítulo de Fofoqueira Fina
                O sangue cobria o chão. Luna estava em choque. Havia acabado de ver uma pessoa se matar, depois de assassinar outra, que neste caso, era sua prima. Daniel também estava “congelado” em seu lugar. Jane, sua grande amiga e que era apaixonada por ele, acabara de se suicidar. 
                Os gritos de Monica ecoaram pelo galpão. As lágrimas jorraram por seus olhos, enquanto ela em um ato desesperado tentava reanimar as duas garotas mortas.  Não havia jeito, elas haviam morrido:
                -Não, não! Pelo amor de Deus, voltem, voltem! Não me abandonem! Não agora!
                David não estava entendendo nada. Na verdade, ninguém estava. Nem mesmo eu. Monica havia sido torturada por aquelas duas garotas monstruosas, mas ainda queria que elas estivessem vivas? Seria por uma vingança ou a “princesa” era tão altruísta assim?
                -Como assim, Monica? Elas são as culpadas… - disse Daniel, passando um dos braços em volta de sua namorada.
                -Não julgue elas assim, você não sabe o que todas passaram. As coisas são sempre piores do que parecem – a voz de Monica era séria e definitiva, como se avisasse que não queria discutir aquilo. Era um assunto para daqui alguns meses.
                Arrancada dos braços de suas seqüestradoras por seus amores, Monica parecia entrar num estado de transe. Havia gritado, chorado e até dado aquele aviso a Daniel, mas agora só estava muda. Cabe se aproximou de sua ex-namorada e segurou seu rosto com suas mãos.
                -Mon? Você precisa nos contar tudo o que sabe… - sua voz era baixa como um sussurro e de uma forma impressionante, conseguiu despertá-la.
                -Cabe… Eu preciso de um hospital… Agora – e seu corpo cedeu. David, Daniel e o próprio ex-namorado de Monica correram para socorrê-la.
                O corpo da garota era leve, frágil. Seus braços e pernas estavam cobertos de sangue. Suas roupas rasgadas por causa do espancamento. Ela parecia tão morta quanto Natalie ou Jane, porém, ainda havia uma leve pulsação sob sua pele.
                O grupo formado por Monica, Daniel, David, Cabe e Julie foi para o hospital mais próximo, enquanto Luna, Erik e Hevangeline esperavam a polícia no local. Coitados, não imaginavam o que viria pela frente. O assassinato de Natalie e o suicídio de Jane eram apenas o começo de uma onda irreversível. E eu estaria assistindo a vida deles serem destruídas, de camarote.
                Julie estava no banco de trás entre David e Cabe, e não conseguia acreditar que sua melhor amiga estava desmaiada na sua frente. Monica parecia tão forte, tão invencível, mas na verdade era tão frágil quanto Luna.
                -Ela vai ficar bem? – perguntou Julie aos três amores da vida de sua amiga. Perguntava-se, secretamente, como ela conseguia conquistar tantos garotos ao mesmo tempo. Porém, naquele momento, só queria saber de sua saúde.
                -É, claro – disse Cabe.
                -Com certeza – afirmou David.
                -Óbvio que sim – confirmou Daniel, mas todos sabiam a verdade. A vida de Monica estava por um fio. E eles não tinham como controlar o destino.
                Faltava uma quadra para o hospital, o sinal estava verde, o carro estava na velocidade permitida, quando de repente, uma moto a mais de 150 km/h surgiu no meio do caminho. Com o baque do motoqueiro, o veículo perdeu a direção e bateu em um poste.
                “M, D, C, Dav e Ju acabaram de sofrer um acidente de carro. Parece que a Morte está os perseguindo, não acham? – Fofoqueira Fina”
Escrito por StarGirlie.

32º Capítulo de Fofoqueira Fina
  

O carro bateu. Bateu, e uma tragédia aconteceu.
  Monica acordou atordoada. Olhou ao seu redor. Um hospital.
  Virou-se e analisou a figura que estava ao seu lado: Luna, que chorava.
  -O que aconteceu? - perguntou, levando a mão a sua cabeça e percebendo que doía muito. 
  -Um a-acidente. - disse ela.
   -Ah, eu lembro de algo. Meu Deus, o que aconteceu? - falou preocupada.
   -Monica...
   -Só me conte.
   -Foi o Daniel. 
   Monica começou a chorar.
   -Ele... morreu?
   -Ainda não.
    Isso fez com que Monica abraçasse a amiga e gritasse de dor. Não a dor física. Uma dor muito pior: amor.
    -M-mas, ainda há chances?
    -Mon, ele sofreu um trauma. Só um milagre o salvará. E tenho outra notícia para você...
    -Fale logo.
    -É a Julie. Ela perdeu o bebê.
    - QUE BEBÊ?
     -Oh, achei que sabia. Ela estava grávida, de poucos meses.
     -Espera aí, de quem?
     Luna sorriu e fez com que suas lágrimas parecessem passado.
     -Cabe.
     -Mas, ele, não...?
     -Era por isso que ele voltou. Ela. Monica, eu sei que ele é seu ex namorado, mas ele veio por ela. E queria te contar.
     -Como você sabe?
     Nessa hora, o médico de Daniel entrou no quarto.
     -Preciso de vocês. Agora.
     "D está por um fio. L tem um segredo. J estava grávida. Novela mexicana, ou vida real? -  Fofoqueira Fina"
     By Babi

33º Capítulo de Fofoqueira Fina
                Daniel estava na UTI. Seu corpo permanecia ligado a dezenas de cabos e máquinas. Sua respiração era fraca e instável. Ele estava morrendo. E Monica sabia disso.
                As lágrimas começaram a cair no rosto da garota e Luna tentou consolá-la, mas era impossível. Não havia como impedir o que estava vindo. Ou talvez, elas apenas pensassem assim.
                -Por quê? Por que eu não consigo ser feliz? Primeiro a Natalie, Jane, Anne… - sua voz estava praticamente oculta pelos soluços.
                -Anne? Espera! Anne não é o nome da sua irmã? – perguntou exasperada Luna. Pela forma como Monica contava os nomes, parecia que esta também havia morrido.
                -Sim, ela foi pra França, morar com nossos pais… E fiquei sozinha, aqui no Brasil. Agora, eu quase fui assassinada, sofri um acidente de carro e ninguém da minha família apareceu para me visitar… - Monica estava ficando com raiva.
                -Ninguém veio? – a voz era doce e suave, e pertencia a uma adorável jovem. Seu cabelo era ruivo e ela parecia uma princesa.  Não foi difícil adivinhar quem ela era.
                -Anne!
                -Mon! Desculpa a demora – disse Anne abraçando sua irmã mais nova – Eu não queria ir embora, mas nosso pai, tipo, implorou para que fosse. E você sabe…
                -Não importa! O que importa é que você está aqui!
                -Nossos pais também estão vindo pro Brasil. Acho que nos estabeleceremos definitivamente aqui… - continuou a irmã de Monica, antes que ela lhe interrompesse novamente:
                -Definitivamente? Ai meu Deus!
                A garota estava em êxtase, mas pensar em Daniel no quarto ao lado, falecendo, fez com que ela ficasse triste novamente. Então, as coisas começaram a melhorar.
                -Senhorita Alena? – perguntou um médico chamando a atenção de Monica.
                -Sim?
                -Tenho boas notícias – um sorriso apareceu nos lábios do homem – Daniel sobreviverá.
                -Graças a Deus! – exclamou Monica, Luna e Anne ao mesmo tempo. O corredor se transformou num local para abraços e lágrimas de felicidade.
                No meio deste momento alegre, uma frágil menina surgiu de uma das portas que ladeavam as paredes. Ela segurava sua barriga com as mãos, enquanto chorava. Parecia que a qualquer momento, ia cair no chão.
                Monica ao olhar naquela direção, percebeu a presença da garota. Seus lábios se abriram, mas não saiu nenhum som. O choque percorria seu corpo. Parada ali, num momento melancólico, estava…
                -Julie – sussurrou a namorada de Daniel, correndo por toda a extensão do corredor e abraçando sua melhor amiga com todo cuidado.
                -Você não está brava? Comigo, com Cabe? – a voz de Julie estava fina, como se a qualquer momento, ela começaria a chorar.
                -Ele é meu ex-namorado, Ju. Eu o larguei há seis meses. Não há nenhum problema de vocês terem ficado juntos…
                -Mas, eu estava grávida! Isso não te incomoda?
                -Julie, a única coisa que me incomoda é que você perdeu o bebê. Eu amo Daniel, Cabe só faz parte do meu passado. Mas, ele ainda pode fazer parte do seu presente.
                É, Monica era mais altruísta do que pensava. Será que as coisas mudariam no enterro do dia seguinte, quando veríamos os corpos de Jane e Natalie? Talvez sim, talvez não…
                “D não morreu. M não brigou com Ju. A surgiu e amanhã é o velório de N e J… A vida desses adolescentes não para nunca! – Fofoqueira Fina”
Escrito por StarGirlie.

Último Capítulo Fofoqueira Fina

O velório chegara. O fim do ano estava próximo. 
                Monica ficara no hospital com Anne e Daniel. Ele estava se recuperando aos poucos, e em breve estaria totalmente bom.
 Luna encontrara Erik em sua casa e os dois iriam juntos para o velório. As coisas iam bem entre eles.
                Julie e Cabe estavam tristes pela garota ter perdido o bebê, mas estavam juntos, e isso por si só era bom demais. O apoio que um dava ao outro era lindo, e sabia que um dia Julie se tornaria uma ótima mãe. Decidiram assumir o romance e apareceriam juntos na despedida de Jane e Natalie.
                Hevangeline sumira na noite anterior. Há quem diga que ela fora vista andando com David pelo arredores da cidade.
                Todos chegaram ao lugar marcado onde o velório aconteceria. Ao entrarem, perceberam que havia muitas lágrimas, dor, tristeza. A mãe de Jane berrava que queria a filha de volta. Alguns parentes de Luna também haviam ido, afinal, ela e Natalie eram primas.
                Hevangeline entrou de mãos dadas com David, o que causou um olhar confuso entre Luna, Erik, Julie e David, mas no final eles apenas riram. Faziam um belo casal.
                Luna cutucou Erik.
                -Ei, olhe quem está lá.
                Erik virou-se e viu, encostado em uma parede, a última pessoa que imaginava encontrar: o professor Spencer.
                O velório transcorreu bem. A mãe de Jane insistira para que a tampa do caixão não fosse aberta, pois não queria ver a filha do jeito que estava. Ela queria recordar os bons momentos, e apenas eles. Achei tudo muito justo, Jane não era uma pessoa má. Apenas um tanto perturbada.

                Duas semanas depois – A noite de Ano Novo

                Monica decidira dar uma grande festa de Ano Novo. A vida merecia ser celebrada, a final, havia sobrevivido mais um ano. Não qualquer ano, mas sim o melhor de sua vida, o ano em que conhecera Daniel.
                Ela não economizara. Fizera tudo que tinha direito. O tema era de rosas brancas. Seria a melhor festa do ano.
                Os convidados começaram a chegar. A escola toda havia sido chamada.
                Logo Luna e Heva chegaram. Elas chamaram Monica em um canto.
                -Preciso te contar uma coisa, Mon.  – disse Luna.
                -Fale logo então!
                -Como você sabe, Natalie ficou um bom tempo afastada de mim. Faz uma semana, recebi uma ligação. Ela tem uma filha.
                -O quê? – disse Monica assustada.
                A garota olhou para Hevangeline, que assentiu.
                -Como você tem certeza? – perguntou Monica.
                -Bom, não tenho, e foi por isso que pedi um exame de DNA. O exame era para ter saído hoje, mas até agora ninguém me contatou. Estou preocupada, Mon.
                -Espere! – Monica saiu correndo e deixou Luna e Heva sozinhas.
                Logo ela voltou com um envelope nas mãos.
                -Chegou para você hoje. Acho que é sobre isso, mas não quis abrir.
                Luna rasgou o papel exasperada. Leu o documento que ali se encontrava e levou a mão à boca, em sinal de espanto.
                -O quê? – falou Heva.
                -Meu Deus...
                -Diga logo Luna!
                -O corpo sumiu!
                Isso causou espanto e confusão, até para mim que vejo e ouço tudo.
                -Mas, como assim?
                -Aqui diz que nada foi encontrado no local onde o corpo deveria ficar. Mon, estou com um mal pressentimento. Acho que fomos enganadas.
                Ela assentiu.
                De repente, Luna avistou a mãe de Jane na festa. Ela havia sido convidada. 
                Todas correram em sua direção.
                -Ah, oi meninas.
                -Oi senhora Elen. Gostaríamos de falar com você.
                -Podem dizer, queridas.
                -Quem reconheceu os corpos?
                Nessa hora, as badaladas de meia-noite começaram a tocar. Uma gritaria por conta do Ano Novo e risadas se sucederam. Mal houve tempo para que a mulher respondesse a pergunta:
                -Na verdade, deixei tudo isso por conta de um amigo da família. Não sei se conhecem, seu nome é Spencer.
                E nessa hora, Luna, Hevangeline e Monica perceberam que haviam sido enganadas. A alegria toda havia sido arrancada de forma trágica: um golpe. Um grande golpe.
                Mandei minha última mensagem antes do novo ano.
                “O fim nem sempre é o fim. Muitas vezes é o começo. – Fofoqueira Fina.”
                By Babi